sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mídia Digital e Redes Sociais


Olá Leitores

Boa noite galera. Como vocês devem ter notado, mais uma vez estou com tempo escasso, de modo que o blog que antes era quase diário agora está quase mensal, coisas da vida. O caso é que eu lamento porque gosto muito de vir escrever aqui pra uma platéia que me prestigia em grande número (esse blog passou de 1.000.000 de acessos e tem média de 2.000 page views diários). Como o tema da postagem é mídia digital, lá vai um revelação bombástica: Esse próprio blog é uma mídia digital que nasceu justamente para isso (ser acessado pela galera dos cursos de comunicação) de forma a gerar interação entre esse grande número de pessoas que cursam Comunicação Social e outros cursos de "criatividade" no país (trabalham com a "indústria criativa", mencionada em outro tópico, como tecnologia, informática, marketing, etc.) um universo de mais de 1 milhão de pessoas, que usam a informação e a comunicação em agilidade para trabalhar, e, ao mesmo tempo, geram grande parte dessa própria comunicação. Um projeto audacioso e sem fins lucrativos (inicialmente) que parte de um desejo e uma necessidade que percebi quando ingressei na faculdade: A ausência de espaços de duas vias como esse. Interação, infelizmente não tem sido o grande forte, a maior parte da galera vem copiar trabalho acadêmico na cara dura, o que é uma pena, mas, gera acessos. As vezes tenho o prazer de conversar com algumas pessoas que estão no blog pelo chat do fim da página. Recebo elogios e críticas com naturalidade, afinal, pessoas que trabalham com essa área são sempre "donos da verdade" e eu assumo minha culpa nisso também, afinal, o maior problema do "ser " criativo é conseguir se distanciar de suas criações e medir o grau de persuasão daquele material publicitariamente e mercadologicamente. De todo modo, agradeço a você que está lendo essa ladainha de agradecimentos e mesmeridão de alguém que ficou surpreso com a meta atingida (comemoro os sucessos, lamento profundamente os fracassos).

Agora vamos ao que interessa, esse "bicho feio" das redes sociais, coqueluche dos assuntos de mesa de bar, de briefing, e, principalmente de brainstorm (be careful...) e tenho escutado relatos que até em outras coisas redondas, esse assunto vem sendo abordado. Como bem já devem ter lido, eu estou sendo redator de duas campanhas nacionais baseadas em redes sociais principalmente, com reforço de mídia tradicional e dos respectivos sites. Temos, modéstia a parte, batido todas as metas com antecedência e tranquilidade, pois, nessa agência que estou fazendo alguns trabalhos, tenho uma equipe de primeira linha (designer, diretor de arte, ilustrador, mídia e pesquisa, e principalmente contato direto com os clientes, que por sua vez, também sabem o que querem). Esse trabalho começou desacreditado, a ponto da agência não veicular seu nome nos primeiros dias e contratar um redator (eu) de fora de forma a não queimar seus criativos mediante a algum insucesso medonho; Ilustrador e Designer eram estagiários, e os briefings (prefiro chamar de pesquisas) eram passados pelo mesmo atendimento que fazia a mídia tradicional dessas duas mega-marcas, ou seja, o trabalho começou bem do jeito que eu gosto, bem difícil, sem previsão de sucesso e afugentando outros profissionais que se absteram de fazê-lo; porém, duas marcas grandes, internacionais... adorei que elas tenham caído no meu colo, bem mansinhas.

Então cá estou eu, sentado no computador em casa, alias, nesse mesmo lugar de agora, com briefings de duas empresas internacionais e gigantes, cada um com mais de 20 páginas digitais, uma equipe inexperiente porém a postos em seus respectivos msn´s, quando me ocorreu:
"-E agora?"
"-Fu#$?*@!"
Rapidamente fui pesquisar outras campanhas que porventura tivessem dado certo pela mídia digital estimuladas pelas redes sociais, e outras estimuladas pela mídia tradicional (rádio, tv, outdoor, impressos, etc.), pude observar o seguinte:
1º- Pra ser estimulada e obter sucesso por uma rede social, a promovente (marca ou empresa dona do produto-serviço a ser publicitado) já deve ter um canal consolidado nesse tipo de meio;
2º- Consequentemente, se for lançamento da empresa e produto, esse reforço midiático tem que vir da mídia tradicional (embalagens, tv e impressos) que vai despertar o interesse do consumidor conhecer aquilo.
Com base nisso, minha missão era "somente" criar uma campanha sem reforço de mídia tradicional, pra marcas gigantes, nas redes socias, apenas com o apoio dos respectivos sites. Deu um nó na minha cabeça, confesso. Vi o objetivo, simples. Mas a elaboração da estratégia necessitava de uma solução que talvez não existisse (nunca tinha sido feita) pois, era a ação de rede social isolada do resto do mundo publicitário "normal". Aí veio a idéia que logo se transformou em conceito: Trabalhar antes disso, nos elementos que compõem os hits de sucesso nas principais redes (YouTube, Twitter e Facebook) e fiquei assistindo aquela coleção de bizarrices... olhando... analisando.... procurando os tais pontos em comum... Só tinham o que não é novidade pra gente, sempre abordam sentimentos que colocam o ser humano na zona de conflito (humor, violencia, paixão, etc.) porém, em sagas com enredos vazios. Então, pode-se dizer que após um dia encubando essa temática no cérebro, acordei com a solução pronta, que infelizmente não é inétida, mas ainda é original: Usar esses hits, desprovidos de royalts e patentes de forma comercial e persuasiva. A partir daí as campanhas se desenrolaram e os resultados foram assombrosos (!), tanto que também tive direito a planejar reforço de mídia nas tradicionais, logo após a primeira semana. Aquele top trending do twitter, aquele link bem comentado no facebook, aquela imagem bem acessada no flickr, aquele bloguinho no tumblr, aquele vídeo do youtube... Muitas "caronas" possíveis. É utilizar o poder da rede em função da própria rede. A lógica do hit de internet é a mesma da mídia espontânea embora não mediada diretamente por nenhum veículo, ou seja, informação repassada de receptor a receptor, todos sendo potencialmente um emissor. De modo que meu "tratado" sobre mídia para redes sociais é: Reforço de mídia (teasers funcionam bem) nas mídias tradicionais somado a um hit potencial que é interpretado a partir do hit do momento da internet. Simples.

Agora, voce deve estar se perguntando porque eu não falei qual o diabo do trabalho que eu fiz. Eu não vou revelar por aqui, simplesmente por ética, pois fui contratado e pago pela agencia e pelo cliente (primeira e segunda instâncias) que "compraram" minha produção (muito bem paga e gratificada por sinal) e ainda por cima, é concorrente parcialmente minha (aqui do lado esquerdo vocês podem curtir a Interlúdia Comunicação Estratégica, da qual sou sócio) de modo que o cliente poderia ficar tentado a vir fazer diretamente na minha agência a próxima campanha, e isso, seria uma tremenda sacanagem em termos práticos, e, eu me orgulho da honestidade e ética num mar de mediocridade e deslealdade (faço disso meu diferencial), ao mesmo tempo que agradeço a agencia contratante (bem maior que a minha, inclusive) a confiança na minha moral. Portanto, esse portfólio não é meu, mas de quem pagou por ele. E tenho o dito! Espero que esse olhar sobre as mídias digitais e redes sociais tenha ajudado a alguém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário