quarta-feira, 6 de julho de 2011

Contrastes

Trata-se de um trabalho acadêmico conjunto para as cadeiras de Comunicação Comparada e Fotografia Publicitária, foi 10 em Comparada e 9,6 em fotografia, Professores Rostand Melo (comparada) e Glauco Machado (fotografia). O trabalho tem argumento combinado entre o grupo e meu desenvolvimento.

CAMPINA GRANDE – PB.
2011.

APRESENTAÇÃO

São tempos modernos. Essa talvez sempre tenha sido a frase que denomina o “estado da arte” que norteiam a vida acadêmica. Desde o questionamento socrático ao saber, até a contemporaneidade, cada ciclo de avanço dos conhecimentos científicos ao lado da tecnologia é norteado por essa afirmação, tal qual a história nos mostra. O que vem adiante? Não podemos prever, apenas supor, e, uma das “polêmicas” tecnológicas do momento é o confronto de tecnologias “papel x meios eletrônicos de leitura”, uma disputa bastante interessante, uma vez que o papel, tal qual conhecemos hoje, data de 123 antes de cristo, produzido na China e sobrevivendo com pujança como talvez a mais “importante forma de documentação do século XX”, ante aos meios eletrônicos (primeiro os notebooks, netbooks, handhelds, tablet PC, chegando até os celulares) a partir do desenvolvimento da tecnologia de cristal líquido que possibilitou a “nanotecnologia” a atingir o estágio atual. É possível fazer praticamente tudo que se fazia com papel ocupando menos espaço (é possível levar centenas de milhares de livros nesses dispositivos) a um custo financeiro razoável (com tendência a baixar ainda mais) e ainda uma rapidez de troca de informações que o papel em si, jamais ousou em lograr (salvo na demonstração de Pranav Mistry, em sua tecnologia do sexto sentido, e mesmo assim, bem indiretamente). O papel responde com a praticidade em anotações (embora já exista muita gente que digite mais rápido que manuscreve), maior facilidade de leitura (não sofre muita alteração de contraste conforme a luz) e a sensação de que, de fato, é possível “pegar” o conhecimento transmitido por ele, sentindo seu peso, seu relevo, seus traços. Particularmente, achamos muito difícil que o papel venha a ser extinto, porém, acreditamos que devido às demandas tecnológicas e até ambientais, existirão flexibilização de qualidade e especificidade do mesmo para redigir determinados documentos (o papel reciclado aparece como uma solução ambiental impactante) e a convivência em harmonia e complementação da antiga tecnologia com a nova. Decidimos mostrar (tentar) tudo isso dentro da nossa sala, devido à escassez de tempo e recursos, e, pela intimidade e desenvoltura que a familiarização com o ambiente proporcionaria, bem como, a sala de aula é um dos locais mais comuns de vermos a interação entre essas duas tecnologias.







O ENSAIO


“Do esboço à tela” – Ivany Junior utiliza-se de um esboço para execução de uma arte ao PC. Foto de Andrew Targino.

“Conexão viciosa” – Andrew Targino retrata uma cena comum atualmente: A abstração em outras informações enquanto uma aula acontece. Foto de Diego Renier.

“Desenhista” – Diógenes, o próprio. Foto de Diego Renier.


“Informação é informação” – Em processo de estudo, Ivany Junior se utiliza de tecnologias que têm mais de dois milênios de diferença em idade, porém, se propõem a finalidades parecidas com êxito. Foto de Diego Renier.


“Intervalo” – Pausa nos estudos mostra a convivência dessas tecnologias em passividade. Foto de Diógenes Bezerra.




EQUIPAMENTOS UTILIZADOS, CENÁRIOS E ILUMINAÇÃO

Como já dito anteriormente, devido a escassez de recursos e tempo por parte do grupo, os cenários foram o laboratório de informática (primeira foto) e a sala de aula da nossa própria turma, com os referidos modelos apresentados e todos clicados com a câmera Sony Cyber-shot 14.1 Mega Pixels Vário-Tessar 2,7-5,7/4,7-18,8. Abaixo seguem imagens dos elementos e cenário. Ainda convém dizer que não se aplicaram outras técnicas fora regra dos terços e manipulação de luz, ainda que a exposição tenha sido sempre normal.

CONCLUSÃO

Após a abordagem temporal, parece impressionante o que se faz com o papel, e, ainda na nossa geração, essa tecnologia com mais de dois mil anos de idade se faz imprescindível e onipresente, como também em reverso. É sabido que Mozart compunha suas músicas na própria mente, e apenas transcrevia-as para o papel na forma de partituras... Já imaginou se ele pudesse fazer experiências sonoras com as ferramentas digitais que temos hoje? E a revolução francesa, relevante acontecimento determinante acerca do mundo como é hoje, organizada às escondidas, por um jornal clandestino, que força teria tido, se, por exemplo, espalhada por um “tweet”? E o “manifesto do partido comunista”, feito inicialmente em três idiomas (inglês, alemão e francês) e espalhado por panfletos, como seria se postado no youtube após uma gravação do próprio Karl Marx? Seria interessante imaginar o que os grandes vultos da humanidade poderiam fazer com os meios que temos hoje. Mas será que toda essa tecnologia é benéfica? Essa abordagem, que embora nesse momento deixe de ser divagação investigativa e passe a ser totalmente subjetiva talvez venha a ser a questão mais filosófica da abordagem. Por todos esses pensamentos estimulados pelo trabalho, o próprio valeu e muito a pena.

Nenhum comentário:

Postar um comentário